Conheça os linfomas, tipo de câncer que atinge o sistema imunológico
Associação Brasileira de Leucemia e Linfoma estima que apenas 12% dos brasileiros conheçam a doença, considerado rara, porém potencialmente curável.
De acordo com um levantamento realizado pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), cerca de 350 mil novos casos de linfoma são diagnosticados anualmente no mundo inteiro. No Brasil, conforme os últimos dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA/2016), a previsão é de 10.240 ocorrências para este ano contra 2.870 casos em 2009, apenas do tipo não-Hodgkin, cuja taxa de mortalidade cresceu 17% no país entre os anos 2004 e 2013 (último dado disponível).
O dia 15 de setembro marca uma mobilização mundial para alertar a população sobre a incidência da doença no mundo inteiro, uma iniciativa da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), em parceria com a organização internacional Lymphoma Coalition.
A ex-presidente Dilma Rousseff (2009), o ator Reynaldo Gianecchini (2011) e, mais recentemente, o ator Edson Celulari (2016) foram diagnosticados com a doença e passaram pelo tratamento.
O que são os linfomas?
Constituem um grupo de neoplasias que se desenvolvem principalmente nos linfonodos (gânglios ou Ínguas) do sistema linfático, responsável pela defesa natural do nosso organismo. Os órgãos e tecidos que compõem o sistema linfático incluem linfonodos, timo, baço, amígdalas, medula óssea e tecidos linfáticos no trato gastrointestinal. O linfoma age diretamente na defesa natural contra as infecções. Como esse tipo de câncer se desenvolve nos linfonodos, alguns sinais comuns podem ser o surgimento de “caroços” no pescoço, porção superior e interior do peito, axilas, abdome ou virilha, assim como febre, suor (principalmente à noite), perda de peso inexplicada e coceira.
Quais são os tipos?
O linfoma não-Hodgkin é o mais incidente (cerca de 80% dos casos) e atinge, na maioria das vezes, pessoas com mais de 55 anos. Existe ainda o linfoma de Hodgkin, que é mais raro e acomete, principalmente, pessoas jovens e de meia idade.
Entre os tipos Hodgkin e não de Hodgkin, há subtipos específicos, sendo que entre os linfomas Não- Hodgkin há mais de 20 subtipos. Esses tumores também são classificados pelo grau de multiplicação das células doentes, o que os qualifica como de baixo grau ou indolentes , intermediários e agressivos ou de alto grau, de acordo com o tempo de crescimento.
Causas
Embora ainda não haja consenso para as causas da doença, há um risco maior em pessoas com sistema imune comprometido, como consequência de doenças genéticas hereditárias, infecção por HIV, uso de drogas imunossupressoras, alguns casos de membros da família que apresentaram diagnóstico da doença, além de pessoas que fazem uso de medicações imunossupressoras para evitar rejeição de órgãos transplantados.
Alto potencial de cura
Os pacientes com linfoma de Hodgkin têm alta possibilidade de cura – em torno de 80% ou mais - sendo considerado por especialistas como o mais curável entre os tumores hematológicos. No entanto, as chances de cura dependem essencialmente do manejo adequado e do estadiamento da doença.
Para os linfomas não-Hodgkin, a chance de sobrevivência depende do subtipo, da fase em que se encontra o câncer, da saúde do paciente e da resposta ao tratamento, porém entre 50% e 80% dos pacientes sobrevivem cinco anos ou mais. Os linfomas de alto-grau ou agressivos são curados com maior eficácia com o uso de poliquimioterapia, já os linfomas não-Hodgkin de baixo-grau ou indolentes podem ter frequentemente taxas de sobrevida mais longas, alcançando até 10 anos ou mais em alguns casos.
A cada ano, estudos têm demonstrado avanços significativos no surgimento de novas tecnologias e tratamentos, o que aponta para um cenário muito promissor para os pacientes diagnosticados com a doença.
Atualmente, existem protocolos médicos para o tratamento dos tipos de linfoma. No tratamento de linfoma não Hodgkin deve-se levar em conta, além dos diversos subtipos, os seguintes fatores: idade, presença ou não de outras complicações médicas, subtipo do linfoma e estádio da doença.
Na maioria das vezes, o tratamento de linfomas consiste em quimioterapia (pode haver uma combinação de drogas), associação entre imunoterapia e quimioterapia. No caso da radioterapia, em geral, é utilizada para reduzir a carga tumoral em locais específicos, para aliviar sintomas ou também para reforçar o tratamento quimioterápico, diminuindo as chances de recidiva.
Para os pacientes que apresentam o retorno da doença, as alternativas vão depender da forma inicial de tratamento e, mais uma vez, do tipo de linfoma. As opções mais comuns e mais assertivas são a poliquimioterapia e o transplante de medula.
Somente com a orientação do seu médico é possível escolher o melhor e mais adequado tratamento.
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